Poliglotas e seus idiomas pouco conhecidos: Japonês

Fala, tudo certo? Haniel aqui.

Não sei você, mas eu tenho grande adimiração pela cutura japonesa voltada à tecnologia e à disciplina. Para ser bem sincero, gosto de tudo.

Para você ter ideia, um dia desses eu me peguei vidrado assistindo a programas estilo casos de família, possivelmente. Digo isso pois não faço ideia do que saiu da boca das velhinhas.

Eu não gosto de novela ou de programações estilo a que eu acabei de citar. Só assisti pois era em japonês.

Sem dúvida, é um idioma que eu irei aprender no futuro para cair de cabeça nessa cultura.

Bom, como eu não conheço essa língua quanto eu gostaria, vou dar espaço a quem entende (e muito bem).

O nome dela é Vanessa. Essa garota fala inglês, espanhol ,francês, italiano e agora está estudando o Japonês .

Ela irá participar do quadro “Poliglotas e seus idiomas pouco conhecidos”.

… Mas, antes de seguirmos, preciso te informar uma coisa:

Se você não está entendendo o que significa o quadro “poliglota e seus idiomas pouco conhecidos”, clique aqui para ser redirecionado à página inicial, onde eu escrevi o texto de apresentação dessa série de conteúdos.

Sem mais delongas, vamos à entrevista.

Primeira pergunta : Qual foi o motivo de você ter escolhido estudar o Japonês?

Cresci na cidade de Suzano, em São Paulo, onde havia muitos descendentes de japoneses. Nas festas de aniversário dos meus amiguinhos, tinha brigadeiro e sushi. Demorei alguns anos para tomar coragem para experimentar, mas, umas vez que provei a culinária japonesa, foi um caminho sem volta. Adoro! Além da culinária, gosto muito de vários aspectos da cultura japonesa. Outro motivo para estudar a língua foi uma viagem que eu tinha marcado para o Japão em novembro de 2020, um plano adiado por causa da pandemia.

Segunda pergunta : Quais foram as principais dificuldades que você encontrou ao estudar tal língua ?

A língua japonesa tem três formas de escrita diferentes da nossa. Eles usam dois silabários, o hiragana e o katakana. Um silabário usa um símbolo para representar uma sílaba. Em vez de um símbolo para “m” e outro para “a”, por exemplo, como o alfabeto romano, eles têm um símbolo em hiragana para a sílaba ma (ま). O katakana representa os mesmos sons, mas é utilizado para palavras estrangeiras. Para ma o símbolo em katakana seria マ . O desafio começa com os kanjis, aqueles símbolos mais elaborados que representam um conceito. Eu já sabia que os kanjis existiam e que eram muitos, mas o que me surpreendeu foi a variedade na forma de pronunciar o mesmo kanji. Foi um verdadeiro choque! Agora estou procurando estudar os kanjis em contexto. As pronúncias do kanji foram minha principal dificuldade. Eu tive também algumas surpresas, que não são exatamente uma dificuldade. Eu só tinha estudado línguas românicas e inglês, então vi que a estrutura é bem diferente. A ordem dos termos, por exemplo é diferente das demais línguas que eu havia estudado. Outras surpresas foram as adaptações para os níveis de formalidade, diferentes formas de dizer o mesmo número e a quantidade de onomatopeias que eles usam no dia a dia. Um detalhe que achei interessante foi a quantidade de palavras adaptadas do inglês e de outras línguas na língua japonesa. Itens como café, pão, chocolate…sempre acho engraçado!

Terceira pergunta: Qual aspecto cultural do país onde esse idioma é falado você mais gostou ?

Admiro a cultura de pensamento no coletivo dos japoneses, a disciplina e os avanços que conseguiram em tecnologia, como eles valorizam o esforço e como enxergam a dedicação a cada profissão como algo a ser sempre aperfeiçoado, quase uma forma de arte.

Quarta pergunta : Como você recomenda estudá-lo ?

Primeiramente é preciso aprender o Hiragana e o Katakana. Existem vários apps para isso. Eu usei o Hiragana pro e o Katakana pro. Eu usei uns cadernos de caligrafia tamém para treinar a escrita e achei que me ajudaram bastante na memorização. Após aprender esses dois sugiro o Busuu ou o Drops para ir adquirindo vocabulário básico. Eu utilizei também o Pimsleur, um curso em áudio dado em inglês para praticar a fala. Para quem precisa de certa estrutura no aprendizado, como eu, recomendo os cursos on-line do Marugoto oferecidos pela Fundação Japão. Os níveis iniciais podem ser feitos gratuitamente. Eles incluíram recentemente o curso de japonês utilizando como língua base o português. Existe um podcast com transcrição japonês/português do Kotobá Japonês Fluente que pode ser utilizado como recurso também. Para me expor à língua assisto conteúdo em japonês em serviços de streaming como Netflix, Amazon Prime e Crunchyroll. O último é um serviço de streaming de animes. Também recomendo o Hello Talk. Eu alterno os períodos pagos e gratuitos do Busuu e quando estou no período gratuito posto no Hello Talk algumas frases e o pessoal corrige. Você pode também fazer posts com suas dúvidas e conversar individualmente com nativos. Um app muito recomendado para estudar kanjis é o Wanikani.

Quinta pergunta : Quanto tempo você acredita que dura para atingir um nível conversacional no idioma em tela, já considerando as dificuldades peculiares ?


Depende muito da dedicação da pessoa. Como não estou me dedicando exclusivamente ao japonês, acredito que levarei por volta de três anos para conseguir atingir um nível intermediário e falar de assuntos um pouco variados. Não sou uma especialista em línguas. Trata-se apenas de uma estimativa pessoal.

Se você de algum modo se sentiu motivado para seguir em frente no aprendizado desse idioma, o meu objetivo está concluído.

Vanessa, desejo a você tudo de bom. Muito grato por ter topado participar dessa entrevista. Tenho certeza que essa pandemia logo irá passar e você poderá viajar ao Japão.

Redes sociais disponibilizadas pela Vanessa:

Instagram : @polyglotclub.brasilia

Bom, chegamos ao fim.

Observações:

Revisado por Lincon.

Facebook do Lincon.

Sobre o Autor

Victor Haniel
Victor Haniel

Opa. O meu nome é Haniel, tenho 22 anos, gosto de aprender idiomas e atuo na área do marketing e na área de tecnologia do Clube Poliglota Brasil. De modo resumido, é isso. Estou aqui para te ajudar!

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


  1. Tenho batalhado pra conseguir constância no estudo do nihongo. Já comecei e larguei incontáveis vezes.