Se você tem interesse em saber como funciona a estrutura seguida por poliglotas de modo consciente ou inconscientemente para aprender idiomas em menos de 6 ou 3 meses, peço que preste atenção ao conteúdo a seguir.
Ah, calma ai…
Antes disso, preciso deixar claro três coisas:
- Não trate este post como a solução para os seus problemas com idiomas. É algo que funciona, mas não existe uma fórmula mágica;
- Esse conteúdo é o resultado da minha experiência pessoal e da observação da vida de muitos no aprendizado de idiomas. Portanto, os demais poliglotas pertencentes ou não ao Clube Poliglota Brasil – CPB- podem discordar;
- Quando falo “aprender”, não significa atingir o “nível de nativo”, mas sim compreender e ser compreendido.
Então vamos começar.
Como eu já falei, tudo aqui é fruto da minha vivência e da minha observação. Falar nisso, esse será o nosso início.
Exemplos Reais
Vamos começar comigo.
Se fosse para eleger alguém burro para línguas, eu me escolheria. Sem dúvida, eu deveria ganhar um troféu.
Comecei com uns 14 anos o estudo de línguas e até os 20 eu não falava nada.
Após eu ter observado e implementado o que muitos hiperpoliglotas faziam, passei a realmente aprender. O resultado disso foi que em menos de 6 meses eu já estava falando inglês.
Esse sou eu quando tudo começou – em uma outra oportunidade eu falarei sobre.
Casos de sucesso no que tange à velocidade existem de montão.
O senhor Steve Kaufmann é um deles. Ele é um poliglota que entende mais de 20 línguas, conforme wikipedia, que conta com dados de 2020.
Olha um exemplo dele logo abaixo em uma entrevista feita em língua romena falando sobre como a aprendeu em questão de dois meses.
Para não ficar em poucos exemplos, veja o caso do Ikenna, um poliglota que possui canal no youtube, mostrando como aprendeu francês em seis meses.
“Ah, não há mulheres nessa lista …”
Na verdade, há sim e o nome dela é Lindie Botes, uma hiperpoliglota que também possue canal de youtube. Ela mostra no vídeo a seguir como aprendeu Húngaro em 8 meses.
Ok. Os exemplos agora já são do seu conhecimento.
Sem mais enrolação, vamos ao “como fazer isso em minha vida”.
Dicas para aprender qualquer língua sem demora
1. Aprender a aprender
“Antes de tomar qualquer ação, entender como agir é o primordial.”
Embora falado de um modo diferente, é o mais comum dizer que eu já ouvi deles.
A execução disso é a mera observação e implementação do que está dando certo com quem tem autoridade no assunto línguas. Tu pode observar o que o Linguísta Stephen Krashen fala, por exemplo. Além dele, poliglotas que eu já citei e muitos outros, tais como o Gabriel Poliglota, o Richard Simcott , Luca Lampariello, Benny Lewis, Lydia Machova e demais.
Por você ter acessado o CPB, tu merece “parabéns”, pois tu está aprendendo com quem realmente vivencia o aprendizado na própria pele. Está no caminho certo!
Avalie todas as possibilidades e crie, com base nesse conjunto, a sua própria maneira de estudar a língua escolhida.
2. Vencer o medo
“Medo”. Esse termo é o que atrapalha a maioria das pessoas. Seja na hora de abrir a boca para falar com nativos seja para utilizar a língua no dia a dia.
A recomendação é agir apesar do medo. Falar nisso, há um post que fizemos sobre isso. Clique aqui e tenha acesso.
3. Consistência
Quantas vezes tu iniciou algo e parou no segundo ou no terceiro dia? Calma… não estou aqui para te julgar. Isso também acontece comigo como acontece com muitos outros.
O ideal é vencer dia após dia a inconsistência e, com as pequenas vitórias, ser bem-sucedido.
4. Imersão
Está é uma das práticas mais importantes para aprender idiomas. Geralmente, as pessoas viajam para vivenciar a língua-alvo ao máximo.
Apesar disso, tu pode fazer dentro da sua casa.
Cerque-se da língua ao máximo. Ao invés de falar que vai se sentar ou pensar que vai se sentar, esforce-se para falar ou pensar no idioma que está aprendendo.
5. Melhoria contínua
“Uma língua não tem um fim, mas sim constantes começos”. Quero que entenda dessa frase que um idioma você não finaliza, mas sim “aprimora” com a prática do mesmo todos os dias.
Mas preciso te fazer um alerta.
Praticar por praticar não te leva a um ótimo nível em uma língua. Exemplo disso é um camarada que joga futebol com os amigos no campinho do bairro por mais de 30 anos.
Esse sujeito por mais tempo que tenha nessa atividade, nunca será um profissional como o Messi ou o Neymar. É preciso ter a mentalidade de que sempre existem coisas para serem aprimoradas e atacar justamente esses pontos fracos.
6. Aprender uma língua é aprender padrões
Em um primeiro momento, pode dar medo, mas um língua em si é apenas um conjunto de padrões. Quanto mais dedicamos tempo sobre isso, mais os mesmos se tornam sólidos em nossas mentes.
7. Um objetivo muito claro
Geralmente quem aprende, tem um motivo por trás.
Pode ser morar fora ou namorar uma pessoa do exterior. Sem existe algo.
8. Fugir de grupinhos monolíngues
Um poliglota em sua maioria tem muitos amigos do mundo todo em suas redes sociais. Sempre há algo para conversar e isso apenas eleva o status de necessidade do uso do idioma. Lembre-se disto: conversar com estrangeiros é algo essencial.
Falar nisso, nas nossas reuniões diárias há muitas pessoas de fora. Pode ser que por lá você faça novos amigos.
Para participar, entre em contato conosco pelo nosso instagram: Instagram do CPB
9. Motivação
Motivo+ação. Essas duas palavras são responsáveis pelo seu sucesso no aprendizado.
Se você realmente quiser estar envolvido no aprendizado de línguas, esqueça videozinhos motivacionais.
A única “motivação” que tem funcionado para a maioria dos falantes de várias línguas é colocar esforço cosciente no aprendizado, ou seja, ação. A mesma baseada em um motivo sincero do próprio indivíduo.
10. Uma língua aprendida aumenta a velocidade para a aquisição da próxima
Isso mesmo. Quanto mais línguas tu aprende mais fácil fica para o aprendizado das próximas.
11. Não pensar que é especial
Raramente uma pessoa que manda bem em alguma coisa vai dizer que é muito boa.
Isso não tem relação com “falsa modestia”, mas sim com a certeza de que esse tipo de coisa abaixa a guarda de que o transmite.
Deixe-me dar um exemplo.
Digamos que eu seja uma pessoa que se esforça muito em artes marciais. Ganho campeonatos e mais campeonatos e isso tudo seja fruto do meu esforço diário de 14 horas no ginásio de treinamento.
Todos os dias eu pratico Krav Maga, Jiu Jitsu, Sambo e outras atividades similares .
Estou especificando bem essa sitaução hipotêtica para que você tenha clareza sobre a mesma.
Ok. Concorda que é um trabalho difícil? Sim!
Agora imagina eu indo para as rádios e os podcasts da vida querendo me aparecer falando coisas como “eu sou muito bom”.
Tu acha mesmo que eu vou permanecer nesse esforço por muito tempo com tal postura? Se a sua resposta for “não”, tu acertou!
Eu aqui vou começar a relaxar. Coisas como acordar tarde, não seguir a rotina de treinos e ir às festas se tornarão realidade.
Enquanto eu dou essa mancada, os meus colegas de treino e os meus adversários possivelmente continuarão como eram.
Acabou para a minha pessoa.
Agora tu entendeu o que eu quis dizer, né?!
12. Crença de que não existe uma bala de prata
Pessoas que aprendem línguas de verdade não colocam todas as fichas em uma única cesta e leva isso como verdade absoluta.
Elas compreendem que não é o curso de “a” ou o o de “b” que vai transformar a relação delas com os idiomas.
Na verdade, só depende delas para fazer algo acontecer. Isso é mais questão de autorresponsabilidade.
Bom…
Por hoje é só.
Chegamos ao fim.
Espero que tenha gostado e em breve nos encontraremos novamente!
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